quinta-feira, 20 de maio de 2010

O PERDÃO DIVINO.

Segundo o dicionário perdoar é remir a pena ou ofensa. É liberar a pessoa de cumprir seu dever ou obrigação por quem competia exigi-lo. É, indultar ou absolver de culpa. Foi isso que Deus fez por nós. A Bíblia diz que Deus não esperou a nossa transformação, o nosso arrependimento ou a restauração dos erros cometidos para nos amar. Pelo contrário, Ele demonstrou o seu amor perdoador para com todos os homens dando o Seu Filho, Jesus Cristo como sacrifício pelo nosso pecado. Assim como Deus perdoou a nossa culpa, Ele espera que também perdoemos ao próximo. Em Mateus 18:23-35 encontramos a parábola do credor incompassivo: um servo tinha uma dívida com o rei que lhe era impossível resgatar. Após a súplica, o rei compadeceu-se dele e perdoou a sua dívida. Logo adiante, ao sair da presença do rei, encontra um conservo que lhe devia algum dinheiro. Impiedosamente cobra, ameaça e o lança na prisão. O rei, porém, ao saber da atitude daquele homem a quem perdoara, mandou chamá-lo de volta, repreende-o duramente e o entrega aos atormentadores. Ora, diz Jesus, assim acontecerá se “… não perdoardes cada um a seu irmão.” Os atormentadores nossos de hoje: ira, amargura, tristeza, culpa, enfermidades psicossomáticas, etc... estarão sempre diante de nós. Nessa parábola o rei representa Deus e retrata o seu papel como justo juiz. Quando vamos à presença do Rei e dele recebemos o perdão, porém não perdoamos, estamos dizendo que apreciamos o amor e o perdão de Deus, mas não estamos dispostos a estendê-lo a ninguém mais. Na oração modelo encontramos Jesus ensinando: “Pai nosso que estás nos céus… perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores…” (Mt 6: 9,12). Jesus dizia aos seus discípulos que a confissão de pecados e a súplica do perdão divino, enquanto guardar rancor contra outra pessoa, além de ser contraditória, é também hipócrita. O perdão de Deus nos obriga a perdoar. É isso que afirmamos todas as vezes que oramos o Pai Nosso: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Jesus condiciona o perdão divino ao perdão humano: “Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas” (Mt 6.14-15).

Vejamos:

Com Deus está o perdão Sl 130:4 – Ao Senhor pertence o perdão Dan. 9:9 – Deus é perdoador Sal 99:8 – Só é perdoado que sabe perdoar – Mt 6:14. – Não há limites para perdoar o irmão Mt 18: 21 e 22 – O perdão é indispensável para que as orações sejam respondidas Mc 11:25 e 26. – Perdoar e sinal da presença de Cristo na pessoa. Cl 3:11;13.

O resultado do perdão: sara as feridas, traz alívio e paz ao coração, libera o ofendido do peso da mágoa fazendo-o abrir mão dos seus direitos contra o ofensor e entregando-os a Deus. “Se errar é humano, perdoar é Divino” (Alexandre Pope). Pratiquemos o perdão.

Um comentário:

  1. "Se errar é humano, perdoar é Divino" concordo plenamente com o autor da frase, pois em determinadas situações só mesmo com a graça e misericórdia de Deus para alcançar esse dom.
    Mesmo sendo muito resiliente e otimista, muitas vezes é difícil conseguir vencer a determinados traumas causados por alguma situação adversa, exemplo: uma filha que sofre assédios de seu próprio pai, um familiar pedófilo, e tantos outros casos que conhecemos.
    São traumas que marcam a vida de um ser humano, e somente com a infinita misericórdia de Deus, que uma pessoa tem a capacidade de praticar esse ato, eu creio que somente o Espírito Santo pode atuar nesse momento.

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